"Os lugares da liga são mais importantes que os bons jogadores." - (Luís Filipe Vieira, cadastrado presidente do Benfica)
"O doutor Vale e Azevedo só foi preso depois de sair da presidência do Benfica. Quando lá estava não havia coragem de lhe tocar." - (Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados)

Furacão e apito caçam Benfica e Mendes

>> vendredi 24 février 2012

Na origem da investigação estão os 8,5 milhões de euros gastos pelo Benfica na contratação do guarda-redes espanhol Roberto. As autoridades acreditam que parte do dinheiro alegadamente pago ao Atlético de Madrid – clube que detinha o passe do guardião – terá sido desviado, tendo como destino um prémio atribuído ao treinador Jorge Jesus pela conquista do Campeonato em 2009/10.


Os contornos do negócio chegam ao conhecimento da Polícia Judiciária através de uma escuta telefónica que tem como interlocutores o empresário Jorge Mendes e Bárbara Vara, filha de Armando Vara, que trabalha com o conhecido agente. Nessa conversa, Mendes diz que o Benfica lhe pediu para intervir numa “trafulhice” – o termo é utilizado pelo empresário – que envolvia a contratação de Roberto Jiménez Gago ao Atlético de Madrid. (…)

Maria José Morgado, coordenadora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público de Lisboa, é um dos rostos da investigação que agora atinge o clube da Luz. O processo está sob a sua tutela, embora a magistrada responsável seja Fernanda Pego, titular da 3ª Secção do DIAP, onde se concentram as investigações de branqueamento de capitais, burlas e fraudes fiscais. (…) O inquérito tem cerca de um ano e as autoridades já recolheram diversos elementos, alguns dos quais de outra investigação. Agora avançaram para a apreensão de documentos nas instalações da SAD benfiquista.»

«O CM sabe, por outro lado, que a investigação à transferência de Júlio César é apenas uma parte de uma espécie de ‘rede de comissões’ negociadas e recebidas em função de uma estratégia de valorização de activos do fundo de jogadores do clube. Essa estratégia foi revelada por escutas telefónicas de um outro processo e permitiu aos investigadores apurarem parcelas de dinheiro que configuram comissões pagas. Estão sob suspeita praticamente todas as transferências dos últimos três anos, em particular aquelas em que Jorge Jesus pode ter tido uma influência directa. A investigação está ainda longe do fim, e as autoridades policiais acreditam que a análise à contabilidade financeira dos encarnados poderá consubstanciar o processo, em que são investigados os crimes de fraude fiscal, branqueamento e ainda de burla qualificada.»

«A maioria são conversas que envolvem homens fortes do futebol português edirigentes do Benfica. Foram obtidas noutro processo, que está em investigação no Ministério Público, e chegaram à Polícia Judiciária em forma de certidão. Deram origem à investigação que desde o final do ano passado atinge os encarnados e dizem respeito a diversas transacções de jogadores.»

«A investigação às transferências de jogadores no Benfica – que só recentemente foi conhecida mas que já remonta ao ano passado – começou com escutas interceptadas no âmbito do processo ‘Furacão’ – a investigação de branqueamento de capitais no sistema bancário. Paralelamente, as escutas que tiveram como interlocutor o empresário Jorge Mendes e Bárbara Vara, sua colaboradora, e que diziam respeito ao negócio do guarda-redes espanhol comprado pelo Benfica – tal como o CM já noticiou –, estão no mesmo processo que levou no mês passado a PJ à Luz e foram apanhadas na investigação de branqueamento que tinha como alvo os azuis-e-brancos e que foram abertas na sequência do ‘Apito Dourado’. Foram extraídas certidões, e as suspeitas estão a ser investigadas pela unidade que combate o crime económico e financeiro da Polícia Judiciária.
Correio da Manhã

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